CONDOMÍNIOS E ALUGUÉIS: UMA RELAÇÃO PERVERSA?
Em todo o País, o mercado de aluguéis vem revelando comportamento absolutamente distinto que o registrado antes do Plano Real. Já após a nova Lei do Inquilinato, de 1991, por meio da qual foi recuperado o equilíbrio, nas relações inquilinos/proprietários, a oferta de unidades para locação começou a aumentar. Mas foi com a estabilização monetária que os locadores foram definitivamente estimulados. Como define a lei da oferta e da procura, o incremento dos números de imóveis para locação implicou a redução dos preços médios praticados no mercado. Neste cenário, evidenciou-se o peso ponderado entre o valor do aluguel e o valor do condomínio, entre os quais estabeleceu-se uma aparente relação perversa. Mas será que é essa a realidade? Em face da atual dificuldade de proprietários em alugar seus imóveis, alega-se que há casos ou negócios adiados por conta do valor do condomínio, que chega a 53% do aluguel - historicamente, a taxa condominial representava 25% em média. Assim, o condomínio começa a ser apontado como o "vilão" de um •••
Benjamin Souza da Cunha (*)