Aguarde, carregando...

BDI Nº.24 / 1996 - Notícias Voltar

EFEITOS DO REAL NO MERCADO DE ALUGUEL RESIDENCIAL

O Real completou dois anos no dia 1º de julho. Considerado o plano de estabilização monetária que mais sucesso alcançou no País, o Real interferiu drasticamente em todos os setores da economia. Os aluguéis residenciais, claro, não ficaram de fora. "A entrada no plano foi traumática, apesar das advertências de importantes entidades representativas de administradoras, proprietários e inquilinos, inclusive o Secovi-SP, em reuniões com membros da equipe econômica do governo Itamar, nos meses que antecederam o 1º de julho de 1994. Nesses encontros, acima de tudo, pedíamos atenção para que se respeitassem os contratos em vigor e se esquecessem de tablitas ou médias, como ocorrera nos planos anteriores", relembra Aimoré B. R. de Freitas, vice-coordenador do Conselho Técnico de Locação e Administração de Imóveis do Sindicato. "Os aluguéis, quanto mais antigos os contratos, estavam defasados em relação aos preços de mercado, vítimas dos desacertos dos planos Cruzado, Bresser, Collor etc. E a situação se agravara pela insistência em manter-se a periodicidade mínima dos reajustes na semestralidade, apesar da superinflação que vivíamos então", explica. Infelizmente, o que aconteceu não foi muito diferente daquelas outras experiências. Aplicou-se, indiscriminadamente, uma fórmula de médias tão confusa, que nem mesmo os técnicos do governo conseguiam explicá-la ao público. "Com isso, os desequilíbrios se aprofundaram de tal forma que uma quantidade imensa de aluguéis chegou a cair abaixo de 30% dos preços •••

(INFORMATIVO SECOVI jul/96)