HABITAÇÃO - MUDANÇA TORNA CONSÓRCIO MAIS ATRAENTE

CLEIDE FLORESTA - free-lance para Folha Forma ainda pouco conhecida de financiar a casa própria, o consórcio imobiliário deve passar por modificações nos próximos dias. Funcionando há cerca de cinco anos, esse sistema de financiamento conta hoje com 35.943 consorciados ativos, segundo a Associação Brasileira das Administradoras de Consórcio (Abac). De acordo com o Banco Central, a principal mudança deve ser uma nova regulamentação, que agrupará todos os tipos de consórcios - de bens móveis e imóveis - em uma única norma. Além disso, será criado um fundo garantidor, com o objetivo de proteger o consorciado de uma possível quebra da administradora de crédito. Maior abrangência Algumas medidas afetarão diretamente o consórcio imobiliário. Com as mudanças, as administradoras passarão a atuar também no mercado de imóveis comerciais e rurais, além de permitir a compra de unidades na planta e de lotes. Para Valdir Bento da Silva, 47, gerente de marketing do consórcio Remaza, um dos maiores do setor, a ampliação da área de atuação das administradoras deverá causar um aquecimento no mercado. "O crescimento está sendo lento, mas a procura por imóvel comercial é grande", afirma. Inadimplência Se aprovada, a nova norma deverá alterar também a condição dos inadimplentes. Hoje, o consorciado desistente recebe no final do grupo o valor que pagou, sem correção, descontado o valor correspondente à taxa de administração. Com as alterações, o consorciado passará a receber o valor corrigido, descontados apenas 50% do valor da taxa administrativa. De acordo com Vitor Bonvino, 46, presidente da Abac, será criado um redutor. "Quanto mais o consorciado tiver pago, •••