Preço dos imóveis tem queda real de mais de 8% em 12 meses, diz FipeZap
O aumento nos valores foi menor que a inflação esperada pelo período.
Preço médio do metro quadrado teve a menor variação anual já registrada.
Do G1, em São Paulo
O preço dos imóveis registrou queda real de 8,85% nos últimos 12 meses, de acordo com o índice FipeZap de fevereiro, divulgado nesta quinta-feira (2). Isso significa que o aumento nos valores foi menor que a inflação esperada pelo período. Os preços cresceram 0,64% no mês, a menor variação já registrada desde que a pesquisa foi iniciada, em 2008.
Variação do preço dos imóveis
Em 12 meses, em %
-3,28
-2,37
-1,81
-1,06
-0,45
-0,06
0,67
1,6
2,4
2,51
2,86
3,06
3,3
3,66
3,78
4,23
4,92
5,15
5,35
11,02
0,64
Niterói
Rio de Janeiro
Distrito Federal
Recife
Belo Horizonte
Curitiba
Salvador
São Paulo
São Bernardo doCampo
Campinas
Contagem
Santos
Goiânia
São Caetano doSul
Porto Alegre
Vila Velha
Fortaleza
Vitória
Santo André
Florianópolis
Média
-5
0
5
10
15
Fonte: FipeZap
Na comparação com janeiro, os preços ficaram praticamente estáveis, com queda de 0,05% nos valores do metro quadrado.
Locais pesquisados
Nos últimos 12 meses, nenhum dos 20 locais pesquisados apresentou alta real nos preços. Belo Horizonte, Curitiba, Rio de Janeiro, Recife, Niterói e Distrito Federal tiveram queda nominal nos valores. Todas as outras tiveram variação menor que a inflação para o período.
Já de janeiro para fevereiro, 11 cidades tiveram queda nominal nos preços, contra 9 que registraram variação positiva. Porém, em praticamente todas elas o aumento foi menor que a inflação esperada para o período.
A maior queda de preço em 12 meses foi em Niterói (RJ), com recuo de 3,28%. A segunda maior diminuição foi no Rio de Janeiro, com queda de 2,37%, mas a cidade continua tendo o metro quadrado mais caro entre todos os locais pesquisados (R$ 10.390, contra R$ 7.609 da média geral).
Na outra ponta, Florianópolis se destacou entre as altas nos preços, com elevação de 11,02% nos últimos 12 meses terminados em fevereiro. O segundo maior aumento foi em Santo André (SP), de 5,35%.
tópicos:
Belo Horizonte, Curitiba, Distrito Federal, Economia, Florianópolis, Niterói, Recife, Rio de Janeiro,
O GLOBO, 3.3.2016