Vendas e lançamentos de imóveis residenciais novos crescem na Baixada Santista.
Foram 3,7 mil unidades lançadas entre julho de 2017 e junho de 2018. Valor Global de Vendas superou R$ 1 bilhão
Imóveis de dois dormitórios foram os que mais se destacaram tanto em vendas
como em lançamentos na Baixada Santista
O mercado imobiliário da Baixada Santista está em ritmo de recuperação. Entre julho de 2017 e junho de 2018, foram lançados 3.739 imóveis na região, desempenho 32,8% superior ao verificado aos 12 meses acumulados no período anterior (de julho de 2016 a junho de 2017).
Em termos de vendas, foram comercializados 2.941 imóveis no mesmo período, número 66,1% maior que o registrado entre julho de 2016 e junho de 2017, quando as vendas totalizaram 1.771 unidades. Nos 12 meses acumulados até junho deste ano, o VGV (Valor Global de Vendas) atingiu R$ 1,2 bilhão. “Essa cifra é 61,9% maior do que a auferida pelo mercado entre julho de 2016 e junho de 2017, quando vendemos um total de R$ 712 milhões”, destaca Carlos Meschini, diretor regional do Secovi-SP na Baixada Santista.
Assim, as cidades da Baixada Santista (Guarujá, Praia Grande, Santos e São Vicente) fecharam o mês de junho deste ano com 4.050 imóveis em oferta – sejam eles na planta, em construção ou em estoque (prontos, lançados nos últimos 36 meses).
Vendas Sobre Oferta – O indicador VSO dos 12 meses analisados (julho de 2017 a junho de 2018) ficou em 42,1%, representando crescimento em relação aos 29,9% apontados no período anterior. O VSO apura a porcentagem de vendas em relação ao total de unidades ofertadas.
Análise por segmento – Os imóveis de 2 dormitórios destacaram-se na maioria dos indicadores entre julho de 2017 e junho de 2018, registrando a maior quantidade de vendas (1.256 unidades), de oferta (1.602 unidades) e o maior VGV (R$ 507,4 milhões). Já a maior quantidade de lançamentos foi dos imóveis de 2 dormitórios econômicos, com 1.339 unidades. O melhor desempenho de comercialização ficou com os imóveis de 1 dormitório econômico – 53,8% das unidades lançadas nesse segmento foram vendidas.
Quando se considera o tamanho dos imóveis, aqueles com metragem entre 45 m² e 65 m² lideraram em lançamentos (1.113 unidades) e em vendas (976 unidades) nos últimos 12 meses encerrados em junho deste ano.
Faixa de preço – Os imóveis com preços entre R$ 230 mil e R$ 500 mil se destacaram em quase todos os indicadores. No período de julho de 2017 a junho de 2018, essas unidades registraram a maior quantidade de vendas (1.361 unidades), de oferta (1.221 unidades), VGV (R$ 468,9 milhões) e o melhor desempenho de comercialização, com VSO de 52,7%. Já em lançamentos, o destaque foi para os imóveis com preço inferior a R$ 230 mil, atingindo 1.541 unidades.
Preço por metro quadrado – Em junho de 2018, o preço médio por metro quadrado de área privativa dos imóveis residenciais verticais na Baixada Santista foi de R$ 5,6 mil, mantendo a estabilidade em relação a igual período do ano passado. Os valores médios praticados de venda dos imóveis, no período analisado de 36 meses (julho de 2015 a junho de 2018), foram: R$ 197 mil (1 dormitório econômico), R$ 347 mil (1 dormitório), R$ 213 mil (2 dormitórios econômicos), R$ 400 mil (2 dormitórios), R$ 723 mil (3 dormitórios) e R$ 1.810 mil (4 ou mais dormitórios).
Cenário dos últimos 36 meses – De julho de 2015 a junho de 2018, foram lançados 9.738 imóveis residenciais. Destes, foram comercializadas 5.688 unidades, o que corresponde a 58,4% dos imóveis ofertados ao longo do período. As vendas perfizeram um montante de R$ 2,2 bilhões. O produto que mais se sobressaiu no período, tanto em lançamentos como em vendas, foi o de imóveis de 2 dormitórios, com metragem entre 45 m² e 65 m² de área privativa e preço entre R$ 230 mil e R$ 500 mil. A cidade de Praia Grande lidera tanto em vendas (3.743 comercializações) como em lançamentos (5.430 unidades ofertadas) no período.
Análise – Para Meschini, os números positivos refletem a normalização e a recuperação da maioria dos indicadores econômicos observados nos últimos meses. Exemplos disso são a queda da taxa básica de juros (Selic), dos juros dos financiamentos imobiliários e a baixa da inflação. Ajudaram, também, a aprovação de reformas, como a trabalhista e a do teto dos gastos públicos, que impactaram positivamente a confiança do empresariado e da população.
“No entanto, a greve dos caminhoneiros parece ter interrompido aquele ciclo de boas notícias, derrubando a confiança das pessoas e as estimativas de recuperação mais acentuada da economia”, pontua o diretor regional do Secovi-SP. “A maioria das pessoas compra imóvel por meio de financiamento imobiliário. É um compromisso financeiro que exige confiança tanto do tomador do crédito, que não pode ter medo de perder o emprego; quanto dos bancos, para que possam reduzir os spreads fomentados pela margem de risco”, adiciona.
Segundo Meschini, para a manutenção dos bons resultados do mercado imobiliário, é preciso que a retomada da economia seja consistente. “E isso só teremos se o novo presidente, a ser eleito em outubro, se comprometer a fazer as reformas necessárias para a salubridade das contas públicas, como a reforma da Previdência”, finaliza.
Autor: Assessoria de Comunicação do Secovi-SP