Ao financiar um imóvel, é preciso atentar para as melhores taxas no mercado.
É importante avaliar os juros praticados e as condições oferecidas pelas instituições
Na hora de escolher o financiamento de um imóvel, é preciso avaliar bem as diversas taxas e linhas de crédito disponíveis no mercado. Além disso, nem sempre a instituição que tem a taxa mais baixa será a mais vantajosa para o comprador. Por isso, é preciso alguns cuidados na hora de negociar com o banco e ficar atento às taxas oferecidas. A última reunião do Conselho de Política Monetária (Copom) reduziu a taxa Selic, que já se encontra no mínimo histórico de 6,5%. De acordo com Daniele Akamines, diretora da Akamines Negócios Imobiliários, esse movimento - segundo anúncio recente da Caixa Econômica Federal (CEF) – da queda dos juros do crédito imobiliário fez com que as taxas caíssem em todos os bancos, chegando, em alguns deles, a níveis inferiores aos do programa Minha casa, minha vida.
“Com isso, o consumidor precisa pesquisar e analisar bem para escolher a melhor alternativa para o seu caso”, alerta Daniele. “Compradores que estão à procura de um imóvel para comprar devem olhar com cautela as condições ofertadas pelos bancos antes de definir onde ´buscará o financiamento. Cabe lembrar que nem sempre a taxa mais baixa é a melhor opção, visto que quando contratamos um financiamento imobiliário, além do juros, devemos observar os seguros obrigatórios (morte e invalidez permanente e o de danos físicos do imóvel), sistema de amortização utilizado (SAC ou Tabela Price), além do pacote de serviço necessário para garantir a redução da taxa.”
Daniele apresenta um comparativo para um financiamento de R$ 500 mil, para um comprador de 37 anos, no prazo de 204 meses nos principais bancos. “Incluímos a coluna total, considerando que o financiamento foi pago no prazo contratado sem nenhuma amortização”, ressalta a especialista.
Comparativos
De acordo com o comparativo ao lado, Daniele diz que o Banco do Brasil tem a melhor condição, pois nessa faixa etária o seguro é mais barato. “Colocamos também a opção pela Tabela Price com prazo de 125 meses e equiparando a primeira prestação na SAC. É importante ressaltar que os comparativos se baseiam na taxa de juros, no entanto, para garantir a menor taxa ao cliente, em alguns casos, é solicitado a ele relacionamento com o banco.”
A Caixa, por exemplo, para a linha Sistema Financeiro da Habitação, trabalha com taxa balcão de 10,5% ao ano (efetiva), que pode chegar a 9,7499% a.a. caso o cliente tenha relacionamento mais conta-salário. “O Santander tem taxa bonificada de 8,99% a.a., usada para calcular o valor dos juros das 12 primeiras prestações mensais do financiamento, podendo ser prorrogado, de acordo com as condições avaliadas, a cada período de seis meses no financiamento imobiliário”, esclarece Daniele.
Ela explica que para ter esse benefício, é preciso:
- Ser titular de um cartão de crédito e fazer uma nova compra de qualquer valor a cada fatura mensal;
- Efetuar o pagamento das prestações do financiamento imobiliário por débito automático em conta-corrente;
- Manter o pagamento das parcelas em dia;
- Ter, no mínimo, um dos seguintes produtos ou serviços: seguro residencial, seguro de vida, seguro de acidentes pessoais, capitalização, receber o salário no Santander ou DPP (Depósito Programado de Poupança).
A especialista ressalta que o Banco do Brasil calcula mensalmente a redução da taxa caso o cliente tenha conta-salário. “Compradores que já tenham contrato de financiamento imobiliário ativo têm agora duas opções: a primeira, tentar com o banco onde tem crédito contratado a redução da taxa ou, ainda, partir para a portabilidade desse financiamento. Nessa situação, o comprador deverá passar por nova análise de crédito.”